Se tem letras, a gente gosta!
O Encontro Literário nasceu de maneira improvável: por conta de uma pandemia.
Eu, o Fabrício e o Shamir vínhamos há anos tentando nos encontrar periodicamente para falar da nossa paixão pelas letras e pelos livros, como fizemos tantas vezes durante os 4 anos da faculdade (tudo bem que eu tenho a impressão que falamos mais do São Paulo do que de Literatura, mas segue).
Como todo mundo que se torna adulto num mundo que insiste não dar espaço pra respirar, sempre foi difícil e, pra ser sincero, a gente tende a criar obstáculos também porque é muito mais legal reclamar do que procurar soluções. Mas aí a vida, essa coisa marota, nos brindou (ironia inclusa) com uma bela duma pandemia em que precisaríamos ficar quietinhos em nossos lares; bom, aqueles de nós que têm um mínimo de apreço pelo outro.
E, então, aquela idéia de nos encontrarmos pra falar sobre livros virou uma pergunta minha pros meninos: “e se fizéssemos um podcast? Sem compromisso… leve, divertido… um bate-papo como os que tínhamos na mesa da Associ¹ “. Pra minha surpresa e felicidade os dois toparam de imediato: assim nasceu o Encontro Literário.
A gente, honestamente, não esperava fazer mais do que alguns poucos episódios. De verdade. Primeiro porque a gente é enrolado, porque produzir conteúdo por conta e por hobby é super difícil e a divulgação é desafiadora e porque não imaginávamos muita gente querendo ouvir “mais um podcast”. Afinal uma das coisas que a pandemia fez foi atingir em cheio nossa capacidade de concentração; mas ainda bem que estávamos errados. Apesar da dor de cabeça que às vezes é produzir conteúdo (mesmo os “sem compromisso”) a recompensa por 1, 2 horinhas por semana falando de algo que sempre nos fez tão bem e ainda ter muita gente ouvindo e dizendo que gosta do que é dito ali é imensurável.
E nós percebemos que o EL se tornou um podcast que tem uma audiência legal, não só dos amigos e familiares bondosos e que tanto nos apoiam a continuar com o projeto, mas de pessoas que chegam até ele de maneira orgânica e/ou por indicação. Ainda que não seja o Mamilos, o Braincast ou o Café da Manhã, o EL se tornou um pouco mais que um hobby e merecia uma cara à altura.
Por isso, como alguns de vocês devem ter percebido, estreamos no último episódio a nova marca do Encontro Literário! Criada pela designer Raquel Vichiesse, a marca traduz lindamente o que a gente tem buscado fazer por aqui: criar um espaço onde as letras encontram sua voz (crédito da frase total pra Raquel!).
Não temos a menor pretensão de viver do podcast, mas queremos que o EL atinja mais pessoas ainda e que seja sim o seu companheiro mensal de papo sobre Literatura. Portanto, além de agradecer a cada um de vocês por estar conosco até aqui, pedimos pra que vocês compartilhem, indiquem, falem do EL pra todos aqueles seus amigos, amigas e familiares que gostam de uma boa leitura.
Num mundo onde a gente não se entende a literatura pode trazer um pouco de união e paz.
Coloque os fones – ou aumente o volume – e vem com a gente!
1 – Associação era o boteco que ficava perto da Fundação Santo André, onde nos formamos. Passamos certamente mais tempo lá do que em aulas.
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